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Pai Nosso

Pai Nosso

Este legado de Jesus é transformador para aquele que compreende e consegue praticar na vida.

         Se nada pudermos absorver dos seus exemplos e ensinamentos, tentemos analisar e absorver a indicação do verdadeiro caminho espiritual que esta Oração nos traz.

Sobre a Oração do Pai Nosso

(texto retirado da internet)

Quando Jesus diz: Pai nosso, evoca o Criador com suprema humildade e submissão, como quem busca a proteção divina de alma aberta. No entanto, será inútil dizer: Pai nosso, se meus atos me desmentem e meu coração está sempre fechado aos apelos do amor fraternal.

Quando Ele diz: que estais nos céus, reconhece a supremacia e a grandeza do Senhor do Universo, que a tudo governa com extrema sabedoria. Mas de nada valerá dizer: que estais nos céus, se meus olhos só percebem as coisas materiais e meus valores são bem terrenos.

Quando Jesus fala: santificado seja o vosso nome, demonstra o respeito e a veneração pelo Ser supremo. Todavia, se só busco Deus por formalidade e o nego sistematicamente nos mínimos gestos, não adianta dizer: santificado seja o vosso nome.

Quando Jesus roga: venha a nós o vosso reino, Sua alma se abre para nos ensinar que o reino de Deus está dentro de cada um e que para encontrá-lo é preciso buscar com todas as forças.

Mas, se gasto a maior parte do meu tempo construindo um reinado de aparências e futilidades, será inútil dizer: venha a nós o vosso reino.

Quando Jesus profere as palavras: seja feita a vossa vontade, submete-se fielmente ao Pai, confiante em Suas soberanas leis. Entretanto, será inútil dizer: seja feita a vossa vontade se, em verdade, o que eu quero mesmo é que todas as minhas vontades e os meus desejos mesquinhos se realizem.

Jesus pede: o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Sua rogativa é de um filho agradecido, que reconhece a misericórdia e a providência divinas. Mas direi em vão: o pão nosso de cada dia nos dai hoje, se nada faço para conquistar o pão que me dá o sustento ou, se o possuo em abundância, desprezo aqueles que padecem fome e frio.

Jesus fala: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Neste pedido ensina uma lei simples e imutável que estabelece o perdão como condição básica para se ser perdoado.

No entanto, se injusto, gosto de oprimir os mais fracos, desprezo as mínimas regras de solidariedade, e guardo toda mágoa como um tesouro precioso, será inútil dizer: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Ao rogar ao Pai: não nos deixeis cair em tentação, Jesus nos convida a buscar o amparo do alto para as nossas intenções de auto-superação, de renovação íntima, de construção do homem novo.

Mas, de nada adiantará dizer: não nos deixeis cair em tentação, se me entrego aos apelos íntimos dos instintos inferiores que teimam em comandar os meus atos, afastando-me do caminho do Bem.

Jesus solicita ao Criador: livrai-nos do mal. Um ensinamento valioso para todos aqueles que buscam agir com retidão e desejo sincero de não se afastar das soberanas leis de Deus.

Todavia, será inútil dizer: livrai-nos do mal… se por minha livre vontade busco os prazeres materiais, e tudo o que não é lícito me seduz.

E, por fim, será inútil dizer: amém ou, que assim seja, se admito que sou assim e alego fraqueza para alterar meu mundo íntimo, nada fazendo para melhorar a minha condição espiritual.