Diante da Eternidade do Senhor e de nossas almas, o Tempo só existe para este mundo físico. Nele contamos os dias, meses e anos, separamos nossas vidas em passado, presente e futuro, como se quiséssemos pontuar os processos da nossa experiência na terra.
O Criador, na verdade, se revela e se oculta no SEMPRE, um lugar para além de todas as pontuações que conseguimos enxergar.
Quando vivemos processos da ALMA, estamos nesta eternidade. Somente a Alma compreende que o que existe é o ETERNO PRESENTE e a ETERNA PRESENÇA.
Compreender esta dimensão é entrar em contato com Deus e o Infinito, é alcançar a percepção cósmica da nossa própria origem.
Quando chegamos a este entendimento, podemos compreender que tudo, absolutamente tudo que desejamos ou ansiamos ser, JÁ SOMOS, porém, vestidos com muitas cascas, muitos rótulos e experiências físicas, nos perdemos de nós e aí caímos na limitação do mundo.
Nossa Alma pode e deve ser ouvida, pois nela reside o nosso DNA Espiritual. Ela e somente ela sabe desta vivência de Eternidade. O que trazemos e para onde vamos.
Há, no entanto, uma cisão, um antagonismo entre o que vivemos na nossa realidade física e aquilo que grita a nossa Alma e isso nos faz tremer de medo quando sentimo-nos viver na contramão da nossa Alma.
Aquela vozinha que diz: “-Vai! Auxilia!”. Quem fala?
Aquela vozinha que diz: “- Eu anseio crescer, transformar… Eu anseio Luz. Busque!”
Aquela vozinha que diz: “- Ame! Do jeito que for!”
Quem está falando? Com certeza é o Eu Superior, a nossa Centelha Divina que quando conectada transborda em Luz e Amor.
Esta é voz a ser ouvida. A voz dos anseios que nos dão paz e direcionam a nossa vida para a Eternidade.
Pensemos um pouco sobre isso.
Axé!
Obaraiyê