Segundo Jung a alma é a primeira a necessitar de Redenção, pois encontra-se adormecida no corpo e refém das leis físicas do Tempo e do Espaço.
Quando ela percebe que a criatura possui as qualificações necessárias para que ela desperte, começamos a sentir um chamado. Um vazio. Uma saudade.
Mas saudade de quê? Vazio de quê?
Algo incompreensível começa acontecer: a nossa busca.
Na verdade esta nossa alma busca a libertação de Deus na matéria. Busca jorrar para a consciência pessoal e para o mundo a sua Luz, a sua essência, a sua verdadeira causa.
Começamos a nos interessar por caminhos espirituais, filosofias e religiões, como se buscássemos um bálsamo capaz de curar as dores da alma.
Esta “saudade” , na verdade, é a saudade de Deus. A saudade de nós mesmos. A saudade de conexão.
Existem vários caminhos para esta conexão: oração, meditação, jejum… e práticas religiosas com o sentido real de religação. Jogar o indivíduo para si. Para dentro.
Uma vez atendidos os anseios da alma, nos conectamos com nossa Luz e consequentemente com Deus. Há neste momento a Redenção tão procurada.
Todos nós precisamos compreender que o que daremos conta, ao final da jornada, é se conseguimos atender os apelos e registros da nossa alma imortal. Vivemos para o corpo, para o mundo ou pelo espírito?
A resposta correta desta pergunta precisa vir do coração. É ele o responsável por decodificar os sinais da nossa alma.
A mente é a morada do Ego e das ilusões físicas.
Um coração puro, limpo de sentimentos negativos, é o caminho para atendermos aos apelos de Deus e encontrarmos a nossa verdadeira causa. O motivo de estarmos aqui e agora.
Obaraiyê.