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Umbanda e Rituais

Fala de Vó Luíza em 2003

“A UMBANDA É UMA RELIGIÃO QUE NÃO ABRE MÃO DOS SEUS RITUAIS.

TODOS OS ELEMENTOS TRABALHAM PARA A NOSSA TRANSFORMAÇÃO”.

Qual a utilidade de um ritual?

José Beniste em Mitos Yorubás descreve:

“Ritual é a fórmula para o entendimento da Alma. O ritual desencadeia o nosso poder psicológico, a nossa Alma esclarece coisas e amplia a nossa percepção. Desperta!”.

A nossa mente compreende e percebe o mundo físico através dos 5 sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato.

A nossa Alma possui apenas um sentido: a intuição ou percepção.

Quando passamos por um ritual, acionamos o mecanismo da Alma e imediatamente nos conectamos com os sinais do Universo para que possamos compreender aquilo que está oculto ou inconsciente.

Ampliar o sexto sentido é uma das nossas carências para trabalharmos com energias cósmicas e espíritos desencarnados, ou seja, isso inclui a mediunidade.

Precisamos estar vazios de pensamentos, sentimentos, ego… para conseguirmos nos preencher de Luz ao passarmos pelos rituais da Umbanda. Isso é cura: entender as mensagens da Alma.

Muitos de nós vivemos num abismo entre aquilo que o mundo exige e percebemos com os sentidos físicos e com o ego, e aquilo que a Alma anseia e que só poderemos perceber com algum tipo de ritual.

Apenas nos concentrar, silenciar, cantar, acender uma vela e nos conectar com Forças Divinas, é um ritual. Eles servem de alavanca para nossa evolução.

Os pretos velhos são mágicos quando acionam as forças sagradas riscadas nos seus pontos, a força do Orixá que ele canta, a vela que ele cruza, a reza que ele faz… enfim, precisamos ampliar o nosso olhar em relação a tudo que acontece num atendimento de Umbanda. Não é um ato automático e sim um ritual mágico.

Quando nós conseguirmos mudar o nosso olhar, todo trabalho executado na nossa Casa passará a dar resultados mais eficazes para aquele que conseguir este feito.

Não podemos passar por nenhum ritual da Umbanda sem acionarmos o sentido da Alma. Um simples banho de ervas é um ritual. Macerar, cantar, acionar a energia a ser trabalhada e rezar na hora em que estivermos jogando a erva sobre nosso corpo não é um ritual?

Entendamos a importância de cada coisa e ampliemos a nossa percepção para que as terapias a serem trabalhadas possam realmente trazer a cura que buscamos.

Axé!

Obaraiyê.