“ Nem pelo trabalho, nem pelo nascimento, nem pela fortuna, mas apenas pela renúncia, alcançamos a imortalidade.
Mais sublime que o céu, a Verdade Absoluta, radiante, mora na caverna do coração, e é ali que o buscador sincero encontra”.
(Osho)
A morte ainda não aconteceu a você, mas acontece à sua volta e acontecerá com você também.
Na verdade, a morte nasce junto com o nascimento. O processo de nascimento se encerra com a morte.
A vida acontece neste intervalo de tempo.
A morte espreita nossos dias como uma sombra e pensamos que ela acontece num tempo futuro, em algum ponto. Ma o que realmente devemos saber é que a morte está sempre no aqui e agora. No presente. Se fosse um ponto futuro, poderíamos evita-la.
O segredo da vida é quando encontramos o caminho da imortalidade e passamos a cuidar do que jamais morrerá: a nossa alma.
Os animais não se preocupam com a morte. Vivem e morrem naturalmente. Não possuem esta percepção e todos os dias fazem o que deve ser feito e a morte não os assombra, apenas se defendem instintivamente dos perigos quando estão expostos.
O nascimento é um fenômeno que acontece NA VIDA. O nascimento não é o início da vida. Já tivemos vários fenômenos deste ao longo da nossa história imortal.
Rubens Alves tem um lindo texto:
“ Se eu pudesse viver a minha vida novamente…
É isto que desejo deixar para os meus filhos como herança: a imagem da vela que queima na solidão silenciosa, sem se deixar perturbar pela loucura barulhenta e apressada dos homens de ação e sucesso… O que não é garantia de felicidade. Mas é garantia de beleza e de serenidade. E que coisa mais pode alguém desejar receber como herança?”
Este é o resumo da nossa vida: acender silenciosamente a nossa Luz e simplesmente clarear, sem se deixar perturbar. E aos poucos, a vela se queimando, um dia acaba o combustível e se apaga, mas aquilo que iluminamos em nós e nos outros, fica para sempre e seguimos adiante como Luz.
Viver cada dia buscando a nossa imortalidade é isso: reconhecer que o amor é a nossa Luz e é ele que devemos oferecer a todos na vida.
Desapego não pode ser sinônimo de desamor. Desapego é permitir que a vida flua para os caminhos traçados pelo Pai, sem nossa interferência.
Desapego é sentir a liberdade da alma em relação à vida material. Não podemos amarrar coisas, objetos, pessoas, na nossa vida. Fica o que e quem deve ficar e parte aquele que já cumpriu seu papel, livre de apegos mas não de amor.
Vó Luíza diz que só existe uma energia que coordena a Ordem Universal: o Amor.
Quando assimilamos isso, entendemos que Deus é Puro Amor e que nada nos acontece sem que seja pela misericórdia e pelo Seu Amor. Até a morte. A continuação de nós mesmos em outro plano.
Não é fácil, mas necessário compreendermos este processo que acontecerá a todos.
Axé!
Obaraiyê