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O VALOR DOS VALORES

NÚCLEO DESCENTRALIZADO XANGÔ MENINO – ARARUAMA

 

 

O VALOR DOS VALORES

 

 

O que é um valor?

  • É a consideração por uma coisa ou uma atitude apreciada ou estimada pelo dono do valor.
  • São certas atitudes éticas universais.
  • Em sânscrito podemos chamar de dharma.
  • Dharma é o comportamento adequado e adharma é o seu inverso.
  • A não violência, a humildade,…são normas de como eu gostaria que os outros me tratasse. Não são regras arbitrárias feitas pelo homem os valores éticos e sim padrões naturais e universais.
  • Os valores éticos não podem ser descartados. Não posso fugir dos padrões porque ninguém nesse mundo pode fugir dos relacionamentos vem os valores.
  • Quando desafiamos um valor não ficamos impunes e a falta em respeitar um valor nos coloca em conflito conosco. Ex: Valor da Verdade. Quando eu minto em pequenas coisas eu estou em conflito como mentir a idade demonstra um conflito interno e não resolvido. Os conflitos surgem quando eu não consigo viver de acordo com um determinado valor que, consciente ou inconscientemente eu aceito.
  • Quando não consigo viver de acordo com minha estrutura de valores, fico em conflito e sofro culpa.

 

Como os valores causam conflito?

  • Quando uma estrutura de valor que sigo e espero que os outros sigam, então meus valores não me causam conflito. Entretanto, quando quero que os outros se comportem de uma certa maneira, mas, por razões pessoais, não sou capaz ou não estou disposto a me comportar da mesma maneira, tenho um problema. Quando os valores individuais ou situacionais ligados a algum objetivo pessoal altamente desejado, podem interferir com a minha expressão dos valores gerais, quando eles ainda não se tornaram para mim valores pessoais totalmente assimilados.

Exemplo de um valor assimilado: dinheiro.

Quando pequenos vemos 1 moeda e não sabemos o que é dinheiro. Depois observamos que quando damos o dinheiro ao comerciante ele nos dá bala e aí vamos crescendo a  noção do valor e adultos assimilamos que o dinheiro compra carro, casa… Quando eu sei o quanto o dinheiro compra, tenho um valor pessoal bem assimilado e compreendido por dinheiro.

 

O que é meio valor?

  • Eu sei o valor do dinheiro.
  • Eu sei o valor da verdade,
  • Preciso mentir para ganhar 5.000 dólares. Qual o valor vencerá?

Possivelmente o do dinheiro, mas alguma coisa dentro de mim vai murmurar. Fale a verdade!

O que acontece com o meio valor? Primeiro existe um conflito e depois a culpa. A culpa é irritante. É mais do que pimenta e todas as vezes que violento um valor geral eu posso saber que o futuro desta ação é a culpa e com isso aumento minha carga ao longo da vida.

 

A divisão entre o conhecedor e o executar.

 

Acontece algo quando ignoro padrões éticos gerais?

  • Eu crio uma divisão entre o conhecedor “ideal” que valoriza uma linha de ação e o executor “real” que faz outra coisa. Criei um conflito do médico e do monstro não se consegue nada na vida. É impossível! Mesmo nas menores coisas a divisão entre o conhecedor-executor faz mal.

O conhecedor decide levantar 30 minutos antes.

O executor desliga o relógio e continua dormindo.

O conhecedor decide fazer uma dieta.

O executor come em excesso.

Pronto. Estou dividido. Não consigo viver nada plenamente. Minha qualidade de vida se abala sempre que me torno dividido. Preciso aprender a ser inteiro.

 

Quando um valor não está sujeito à escolha?

  • Quando me convenço que agir contra qualquer valor geral me traz

Sofrimento.

Qualquer valor quando se torna meu valor pessoal ele torna-se sem escolha para mim. Eu não tenho que pensar sobre ele. Tenho a conduta adequada sem refletir.

A higiene é um bom exemplo de valores pessoais assimilados.

A vida só tem sentido quando crio minha estrutura de valores.

A expressão da minha vida é exatamente a mesma de minha estrutura de valores bem assimilados.

O que eu faço é somente uma expressão do que é valioso para mim.

Os valores dos outros posso seguir quando me for conveniente ou quando refletir a minha estrutura de valores.

Somente valores assimilados são meus valores pessoais. Valores assimilados refletem o que é valioso pra mim.

Quando eu quero assimilar um valor eu devo exercita-lo deliberadamente até que ele se torne parte de mim. Para que a expressão de um valor se torne espontânea para mim eu devo ver seu peso na minha vida pessoal, nos meus exemplos e atitudes.

 

 

 

VALORES

I – AUTO-RESPEITO        e AUSÊNCIA DE VAIDADE

Este valor pode se estender até a vaidade e a arrogância, quando é uma exagerada opinião sobre si mesmo. Não interessa quais qualificações a pessoa tenha, mas são tão grandes na sua mente que se julgam MERECEDORAS DO RESPEITO DOS OUTROS.

O auto-respeito simples e real não é uma qualificação negativa, aliás, é uma boa qualidade. O problema surge quando o auto-respeito sem transforma em auto-adoração. Quando cobro respeito dos outros crio uma grande agitação na minha mente. Quando o auto-respeito se torna vaidade exagerada não somente afeta a minha atitude em relação a mim mesmo, como se manifesta na minha cobrança dos outros para demonstrarem-me o respeito que me acho ser devido.

O que me impele a cobrar respeito dos outros?

A dívida sobre minhas qualificações. Quando EU SEI  e estou completamente certo do que possuo, não preciso exigir dos outros o respeito pelo que sou. Se eu estou cheio de dúvidas sobre minhas qualificações, eu crio a vaidade exagerada e com ela a necessidade de auto-afirmação.

Quando fico magoado? Quando eu espero um reconhecimento para satisfazer o meu ego orgulhoso e a resposta não vem.

AS QUALIFICAÇÕES DEVERIAM FALAR POR ELAS MESMAS. Ë bom ter habilidades e usa-las. Minha atitude em relação ao sucesso deveria ser como o arbusto florido em relação à sua floração. Na cidade ou na floresta, visto ou não visto, elogiado ao não, o arbusto floresce. Nenhuma circular de publicidade é enviada para anunciar a floração. Ele não reivindica respeito e nem exige glórias. Ele floresce porque assim deve fazer. E esta é a maneira que eu deveria ser em relação aos meus dons.

EXIGÊNCIA DE RESPEITO: ILUSÃO DA ILUSÃO.

Ilusão é tudo aquilo que possui uma realidade relativa e não absoluta – é uma realidade aparente. Todas as coisas objetificadas na criação são ilusão. Elas começam e terminam e podem ser desdobradas em decomposições mais sutis e avançadas. Entretanto mesmo as coisas aparentes, apesar de sujeitas à negação, possuem um certo nível de realidade.

Quando reconheço que é uma tolice este meu procedimento porque se o ego não pode ser justificado sendo abençoado como uma realidade dependente, vejo que exigir respeito é um mito e aí estas minhas atitudes desaparecem.

Na luz do conhecimento do ego, o orgulho se torna tolices. Quando eu enxergar este ridículo, serei capaz de manter o ego no nível mínimo necessário para conduzir minhas questões e também possuirei a primeira qualidade da mente que conduz à descoberta do Ser.

 

2 – NÃO FINGIR OU DISSIMULAR – AUSÊNCIA DE PRETENSÃO

Enquanto na primeira qualificação eu preciso aprender a não exigir respeito por qualidades que possuo, na segunda eu exijo por fingir ou fabricar uma qualidade que não tenho. É quando eu alardeio glória que não possuo e finjo possuir habilidades que não tenho. Quando de propósito dou a impressão  de algo que não sou ou não sei ser. Ex: quando me visto como uma pessoa rica e no banco meu saldo não tem para isso, quando finjo ser uma pessoa serena e tranqüila e na minha casa sou um furacão.

Quando expresso esta característica é porque acho que através de minhas simulações impressionarei os outros e que reagirão a mim de uma maneira que me fará sentir bem.

Isso é um sintoma de que NÃO ME ACEITO COMO EU SOU, QUERO SER DIFERENTE DE MIM, ME ACHO INACEITÁVEL. Assim, para que os outros também não me achem inaceitável, eu me apresento como gostaria de ser ou de uma maneira que penso que os outros gostem.

Esse problema precisa ter uma boa memória para jamais cair em contradição porque vivo sustentando uma mentira e mentiras para justificar a farsa que sou.

Ex: – Fulano onde você esteve, por que eu estou sentindo muito a sua falta?

  • Estive fazendo um trabalho tributário para o prefeito, um estudo complexo…(aí a mulher de fulano chega e ele precisa acabar o converso rapidinho para não ser desmentido que nem sequer pegou num livro).

Quando vejo que possuo esta tendência preciso reconhecer que    minha mente está comprometida com a hipocrisia e só o conhecimento da Verdade poderá me trazer uma mente serena e feliz, disponível para o meu aprendizado.

 

 

[3 – NÃO VIOLÊNCIA -]

Significa NÃO CAUSAR DANO POR QUAISQUER MEIOS; ATOS, PALAVRAS, OU PENSAMENTOS . Este é um valor que precisa se amplamente desenvolvido porque AS TRÊS VIOLÊNCIAS TÊM O MESMO PESO PARA O KARMA.

Eu quero viver livre de machucados, dor e ameaças de qualquer tipo e também de pensamentos negativos meus e dos outros em relação a mim. Se eu quero uma vida assim eu preciso reconhecer que os outros também precisam de uma vida assim. Todas as criaturas buscam viver livres de sofrimento. É simples perceber que qualquer ser vivo tenta permanecer vivo, inclusive as plantas e outras formas elementares de vida. Este é um valor que se expressa na minha atitude em relação à vida. É um valor pela não destruição ou o não dano a qualquer parte da criação, a criação da qual eu também sou parte. Eu não esmago, não desfolho, arranco ou derrubo negligentemente. Eu coloco MEL nas minhas palavras porque com elas eu sou capaz de ferir ou violentar meu irmão, eu me policio nos pensamentos negativos em relação aos outros, não desejo mal e não praguejo que assim alio 2 gestos pesados numa atitude só amarrando a minha vida e atraindo a energia de violência pra mim. Desenvolvo uma apreciação mais sutil em relação aos sentimentos dos outros. Passo a ver além das minhas próprias necessidades, compreendendo as necessidades do outro à minha volta.

 

4 – TOLERÂNCIA – ADAPTABILIDADE

É nossa capacidade de suportar, não é o “sofrimento resignado”, e sim uma atitude positiva, não é uma resignação dolorosa, mudar significa que eu alegremente, calmamente, aceito aquele comportamento e aquelas situações que não posso mudar. Desisto da expectativa ou exigência pela mudança de outra pessoa ou situação, de forma a se moldar com o que eu penso ser agradável para mim. Eu me acomodo às situações e as outras pessoas alegremente. Todos os relacionamentos requerem acomodação. Este valor pode ser construído a partir da compreensão da natureza das pessoas e dos relacionamentos. Nunca encontrarei uma pessoa que possua todas as qualidades que gosta e que repudie todas as qualidades que não gosto. Qualquer pessoa será uma mistura de coisas que acho interessantes e outras que considero desinteressante. Similarmente eu terei o mesmo impacto nos outros. Quando reconheço esses fatos, vejo que todos os relacionamentos requerem alguma acomodação da minha parte. Não estarei disposto, ou talvez não serei capaz de mudar ou satisfazer todas as expectativas que o outro tem de mim; tão pouco os outros estarão dispostos ou serão capazes de mudar e satisfazer todos os meus critérios em relação a eles. Devo tomar a pessoa como ela é. Tudo que puder mudar eu mudarei e acomodação é para o que não posso mudar.

Para desenvolver este valor preciso diminuir minhas expectativas. Devo acomodar as pessoas como objetos inertes, isto é, devo toma-las como são. Eu não gosto de ser queimado pelo sol, porém não peço ao sol que pare de brilhar. Aprecio a bênção mista de um sol quente brilhando e entendo que, sendo uma bênção mista ao não, não posso desligá-lo. Não peço as abelhas que retirem seus ferrões, se estando no caminho delas eu tomo uma picada. Continuo apreciando a função das abelhas e aprecio o seu mel.

Posso me relacionar bem com objetos inertes ou com criaturas selvagens porque não espero mudança neles. Mas espero sempre que as pessoas possam mudar para se tornarem mais agradáveis. Freqüentemente não conseguem mudar ou por falta de FORÇA DE VONTADE ou por falta de VONTADE. Quando alguém não consegue mudar ainda que deseje mudar é porque NÃO POSSUI FORÇA DE VONTADE. Nada mais há fazer, a não ser acomodar essa pessoa. Quando uma pessoa não muda porque não deseja tentar a mudança, podemos tentar convence-la dos benefícios de uma mudança. Se não for possível, acomode-a também O que mais posso fazer??? De qualquer maneira o mundo é amplo. A variedade torna-o interessante. Há espaço suficiente para acomodar a todos.

A acomodação é uma qualidade bela e santificada. Para ser livre ao interagir com uma pessoa preciso me liberar de reações mecânicas. Muitas vezes minha reação ao ser avaliada mais tarde eu a aprovaria e outras vezes não. Minhas reações podem ir contra toda minha bagagem e sabedoria adquirida. Aí tudo que aprendi anteriormente torna-se sem valor para mim.. Esta qualidade é santificada porque um santo é aquele que nunca fere conscientemente outra pessoa pela palavra, ação ou pensamento, e que aceita as pessoas como são – boas ou ruins.

Acomodação, perdão e compaixão estão incluídos neste mesmo valor.

 

5 – RETIDÃO

É o alinhamento dos pensamentos com palavras e atos.

O não alinhamento resulta numa pessoa dividida. Qual a importância desse alinhamento? Pelo não alinhamento me torno uma pessoa desintegrada. Não sou mais uma pessoa inteira e entro em conflito entre meus valores (meus pensamentos), minhas palavras e meus atos eu sofro uma divisão destrutiva dentro de mim. Fico estilhaçado, não sou mais inteiro. SE EXISTE UM ABISMO ENTRE O QUE EU FALO OU AJO O RESULTADO SERÁ UMA MENTE PERTURBADA POR CULPAS E CONFLITOS. Esse tipo de mente não é a apropriada para aprender qualquer coisa mais profunda sobre a Verdade. Para uma mente assim, o conhecimento é um apelo muito distante. Para buscar o conhecimento a pessoa precisa estar inteira e não dividida.

 

OUTROS VALORES:

  • Dedicação ao Mestre
  • Limpeza
  • Comando sobre a mente
  • Desapego
  • Reflexão sobre a limitação do Nascimento, Morte, Velhice, Doença e Dor,
  • Ausência de Posse
  • Ausência de Apego
  • Constante Neutralidade
  • Firme devoção
  • Recolhimento
  • Ausência da necessidade de companhia
  • Clareza de objetivo e Conhecimento da Verdade
  • Vivência no Autoconhecimento da Verdade