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28 anos de trabalho

28 anos de trabalho

Resolvi hoje descrever a minha experiência nestes 28 anos de trabalho dentro da minha Família Espiritual.

Ouço um pouco de tudo, ou muito de tudo e quando analiso os fatos reais, muitos são potencializados por intenções escusas por trás da intenção demonstrada.

Muitas vezes eu tenho vontade de sacudir literalmente a criatura e dizer: Pare de se fazer de vítima da vida. Você é vítima de você mesma.

Aprendemos com nossa vivência espiritual que somos senhores do nosso destino e que Deus é Justo, Amoroso e Bom. Então por que sofremos?

Com certeza todo sofrimento e miséria são produzidos por nós , mas principalmente nas intenções, nas motivações.

Eu estou orando por fulano, eu estou praticando caridade para ciclano. E aí? A intenção por detrás da minha ação é amor? Ou é Ego?

E quando a dor é minha? Ajo ou reajo?

A pessoa que possui firmeza na sua fé e na sua caminhada espiritual age. Silenciosamente e conscientemente vai tomando as atitudes como autora que é da sua vida.

Os fracos ou os psicopatas sociais, colocam culpa no outro. Arrumam mentiras e justificativas para seus erros e a partir daí desenvolvem ódio. Partem para o ataque. Isso é reação de Ego. Quem se coloca como vítima procura comparsas e cúmplices. Na verdade, não quer ajuda real para sair da situação. Jogar lama para cima ou para os outros é melhor e despertar sentimento de “pena” é muito mais fácil para chamar atenção. Dá plateia. Afaga o Ego. Manipula a boa fé do outro.

Tenho vivido coisas hilárias neste momento. Espertos tão tolos que não existe adjetivo.

Pessoas perdendo a oportunidade de viverem felizes e sendo responsáveis por si, se fazendo de vítimas. Mentem, traem, maldizem e negam como se não existisse espiritualidade. Deus está cego, surdo e mudo e a espiritualidade da mesma forma.

Ouvi até dizer que mãe não grita com filho… como se até Jesus Cristo exemplifica, expulsando os mercadores da sinagoga aos gritos e chicoteadas porque contaminavam a sua pregação.

Será que eu e Vovó Luíza teríamos que aguentar caladas o veneno dentro da Casa mesmo sabendo a fonte?

Para mim, seria  meu flagelo me colocar nesta ridícula posição de vítima ou manipulada.

Sou autora da minha história. Enfrento de frente todas as provas que Deus me enviar. Como uma soldada da Luz, sempre pronta para qualquer combate, mas sempre guiada e amparada pelas Forças do Bem.

Quis escrever este editorial na primeira pessoa do singular e mostrar o meu hoje.

Enfrento de peito aberto um momento familiar delicado, mas feliz e grata porque somos literalmente “carregados no colo” pela espiritualidade e por amigos leais. Portas se abrem, a Luz se faz e neste ambiente e gratidão e confiança em Deus caminhamos sempre em frente.

Não busco comparsas. Aqueles que caminham comigo caminham por amor e confiança. Com certeza porque as minhas atitudes são condizentes com o que prego.

Aprendam a colocar pontos finais. A vida é cíclica e o que passou…passou. literalmente ACABOU.

Fica registrado apenas na história mas não tem nenhuma importância mais no presente.

Recados? Estou cansada de receber. Penso até que poderíamos voltar a treinar os pombos correios porque ficaria mais bonitinho fazer chegar até mim. Mais simpático.

Aprendi com meu pai que é para frente que se anda e que é para o alto que se olha. Entre o Axé e qualquer um (mais qualquer um mesmo) filho de santo: Sempre o Axé.

Gratidão é o meu sentimento por ter terminado um ciclo de resgate na minha vida.

O que falam? Problema de quem diz. Não bebo veneno.

Sou feliz e estou em paz. Sempre. Para cumprir o meu papel nesta vida.

Grata aos que caminham comigo.

Grata aos que fizeram parte da minha vida. Aprendi demais.

Mas principalmente, grata a Xangô que me conduz e que sabe para onde preciso e com quem preciso caminhar.

A mesma porta que há 28 anos eu entrei para o Axé permanece aberta para mim com muito amor e respeito. Nunca maculei meu Solo Sagrado.

Ao meu pai Banda Silê a minha eterna gratidão e amor sempre.

O que sou hoje, agradeço ao meu Axé.

Obaraiyê.