A comunicação é uma ação de grande importância para a evolução do homem e da sociedade.
Nós evoluímos porque o conhecimento não se perde. Ele é compartilhado e parte sempre de onde parou e não retrocede no tempo.
Segundo a Kabalah ou Cabala, a geração da Torre de Babel possuía apenas uma linguagem: a linguagem sagrada das vibrações. A linguagem interna, a linguagem da alma.
“As pessoas daquela geração perderam a língua da santidade, ou seja, a intenção e a consciência divina de usar a língua para comunicar-se e conectar-se ao sistema de pureza. E caíram na armadilha da má língua e do sistema de impureza. Má língua não significa apenas maledicência ou falarmos mentiras.
Hoje também, até a nossa própria língua está à serviço da maldade, da crítica, das reclamações e de culpar o outro. Isso cria frequências agitadas que nos perturbam e desorientam, até um ponto em que nem conseguimos ouvir nossa voz interna e divina.“ (Rabino Joseph Saulton)
A nossa visão fragmentada do Todo, nos separa dos outros e como expectadores da vida, repetimos padrões impuros que estão registrados em nós, necessitando de correções. Julgamentos passam a fazer parte da nossa fala: fulano é isso ou aquilo, achei horrível tal atitude dele, “acho” que ele é assim ou assado… enfim, estamos com visão fragmentada de nós, pois não há vibração positiva e sacralidade na minha fala.
A confusão das línguas que conta a Bíblia Sagrada na Torre de Babel nada mais é do que a confusão de vibrações. A perda do equilíbrio espiritual que leva à perda da santidade e da sanidade.
O símbolo da Torre para atingir os céus é o uso do conhecimento da verdade para manipular e ser mais do que o irmão. Mesmo falando o mesmo idioma, as pessoas não se compreendem. Como assim? Por quê? Porque nos tornamos incapazes de ouvir nossa voz interna. Ouvimos apenas o nosso opositor, o nosso Ego e ele nos faz pensar que somos melhores e donos da verdade e assim, passamos a julgar e falar mal dos outros. Uma grande armadilha para continuarmos adormecidos e sem Luz.
O cuidado com as nossas palavras e nossa comunicação deve ser constante. Deus espera que despertemos para a realidade espiritual de quem somos: a Família Cósmica. Não contribuo em nada para a paz mundial causando caos na minha vida e na do outro e depois rezo como um “santo” por esta mesma paz que não pratico.
Possamos sacralizar nossas palavras. Antes da falar do outro, criticar ou reclamar, atentemo-nos para o fato de que estamos novamente repetindo padrões inconscientes e desta forma, jamais obteremos Luz no nosso caminhar e a escuridão se reflete em vários pontos da vida.
Zuleika Menezes