O Rabi Ioshua disse:
“ Certa vez uma criança arrebatou o melhor de mim. Eu viajava e me encontrava diante de uma encruzilhada. Vi então um menino e lhe perguntei qual seria o melhor caminho para a cidade. Ele respondeu: ‘ Este é o caminho curto e longo e aquele o caminho longo e curto’. Tomei o caminho curto e longo e logo me deparei com obstáculos intransponíveis de jardins e pomares. Ao retornar, reclamei: ‘ Meu filho, você não me disse que era o caminho curto?’ O menino então respondeu: ‘Porém lhe disse que era longo’.
Na rotina da nossa vida, a mesmice muitas vezes é o caminho mais curto, mais conhecido, mais fácil, porém, tem os custos mais elevados. Ir pelo caminho simples e mais curto é uma lei evolucionista, pois os corpos se movem para uma direção mais imediata e curta. A tentativa de sobrevivência acontece no caminho curto e longo. Qual nos oferece mais chance de sobreviver? Racionalmente pensamos que o curto é menos exaustivo e oferece mais chance.
A imagem do menino da encruzilhada é uma alusão à nossa Alma e a grande lição é que ao optarmos pelo caminho mais curto, ´podemos estar incorrendo no erro de encontrar o mais longo e os longos podem ser mais curtos no sentido de trazer maior liberdade.
Quando precisamos fazer uma escolha, precisamos nos lembrar deste menino da encruzilhada. Qual a real intenção? Qual o objetivo? Reconhecendo estes fatores temos a possibilidade de acertar.
As encruzilhadas são sedutoras e podem nos ludibriar. A nossa Alma sempre percebe por onde deveremos caminhar.
Refletindo sempre no nosso caminho, tenhamos a certeza de que a plenitude somente será alcançada pelo trabalho incessante de transformação e banindo a mesmice e a paralisia espiritual de nossas vidas.
Escolher o mais fácil e conhecido poderá ser o mais perverso para nossa Alma, pois estaremos estagnando nosso processo evolutivo.
Zuleika Menezes