Chega uma hora na vida quando você finalmente entende… Quando dentre todos os seus medos e insanidades você pára, cansado de sua trajetória e de algum lugar uma voz dentro de sua cabeça grita. Basta! Basta de brigar e chorar e esforçar-se. E, como uma criança se acalmando após uma birra, seus soluços começam a ceder, você estremece uma ou duas vezes, você enxuga suas lágrimas e começa a olhar o mundo com novos olhos.
ESTE É O SEU DESPERTAR!
Você percebe que é tempo de parar de ter esperança e esperar que algo mude ou esperar que a felicidade e a segurança venham galopando no novo horizonte. Você chega a conclusão que ele não é o príncipe encantado e que voe não é a Cinderela (ou vice versa) e que no mundo real não há sempre finais felizes de contos de fadas (ou inícios) e que qualquer garantia de “felizes para sempre” deve começar com você e no processo, UM SENTIDO DE SERENIDADE NASCE DA ACEITAÇÃO.
Você desperta para o fato de que não é perfeito e que nem sempre todos o amarão, apreciarão ou aprovarão quem ou o que você é e mesmo assim está tudo bem. (Eles têm direito às suas próprias opiniões e idéias). E você aprende a importância de amar e defender-se e neste processo UM SENTIDO NOVO DE CONFIANÇA NASCE DA AUTO-APROVAÇÃO. Você pára de reclamar e culpar outras pessoas por coisas que você fez a si mesmo (ou não fez) e aprende que a única coisa que realmente pode contar é com o inesperado.
Você aprende que as pessoas nem sempre dizem o que tem a intenção de dizer e que nem todos estarão lá para você e que nem sempre o que dizem é sobre você. Então, você aprende a levantar-se sozinho e cuidar de si mesmo e neste processo UM SENTIDO DE SEGURANÇA NASCE DA AUTO-CONFIANÇA.
Você para de julgar e acusar as pessoas e você começa a aceitá-las como elas são e, deixar passar suas imperfeições e fragilidades humanas e no processo UM SENTIDO DE PAZ E CONTENTAMENTO NASCE O PERDÃO.
Você percebe que muito da maneira que você se vê, a ao mundo ao seu redor, é o resultado de todas as mensagens e opiniões que tem sido enraizada na sua psique. E você começa a examinar minuciosamente todo lixo com o qual tem sido alimentado, como deveria se comportar, como você deveria agir e quanto você deveria pesar, o que você deve vestir e onde você deveria comprar, e o que você deveria dirigir, como e onde morar, e o que você deveria fazer para viver, com quem casar e o que você deveria esperar do casamento ou o que você está em dívida para com os seus pais.Você aprende a se abrir para novos mundos e pontos de vista diferentes.
E você começa a reavaliar e redefinir quem você é e o que você apóia.
Você aprende a diferença entre querer e precisar, e você começa a descartar doutrinas e valores que você incorporou e neste processo, você aprende a seguir seus próprios instintos.
Você aprende que é em verdadeiramente dando que recebemos. E que há poder e glória em criar e contribuir e você pára de viver meramente como um consumidor buscando o próximo “produto”.
Você aprende que princípios como honestidade e integridade não estão fora de moda e não são de uma era passada, mas são a argamassa que estrutura a base sobre a qual você deve construir a sua vida.
Você aprende que você não sabe tudo, não é o seu trabalho salvar o mundo e que não pode ensinar um porco a cantar. Você aprende a distinguir culpa e responsabilidade e a importância de estabelecer limites e aprende a dizer “não”. Então você aprende sobre o amor.
Amor romântico e amor familiar.
Como amar, quando e quanto amar, quando parar de dar e quando desistir.
Você aprende a não projetar suas necessidades ou seus sentimentos nos relacionamentos.
Você aprende que não será mais bonita, mais inteligente, mais amorosa ou importante por causa do homem (ou mulher) que estiver ao seu lado ou por causa da criança que leva o seu nome.
Você aprende a olhar para os relacionamentos como eles realmente são e não como você gostaria que eles fossem. Você para de tentar controlar as pessoas, situações e resultados.
Você aprende que as pessoas só crescem e mudam com amor…
E você aprende que não tem o direito de exigir amor…apenas para fazê-la feliz.
E você aprende que sozinho não significa solidão.
Você olha no espelho e conclui que você nunca usará tamanho 36 e para de competir com a imagem de você criada dentro de sua cabeça.
Você também para de trabalhar tão arduamente a ponto de colocar seus sentimentos de lado, amenizando as coisas e até mesmo ignorando as suas necessidades.
Você aprende que sentimentos de direito são perfeitamente corretos e que é seu direito querer coisas e pedir às coisas que você quer. E que às vezes é necessário fazer exigências.
Você percebe que merece ser tratado com amor, sensibilidade e respeito e você não aceita menos do que isso.
E, você permite que apenas a mão de um amante que o estime, glorifique-o com o seu toque… e no processo você internaliza o significado do AMOR-PRÓPRIO.
E você aprende que seu corpo é realmente seu templo. E começa a cuidar dele e trata-lo com respeito.
Você começa a ter uma dieta equilibrada, beber mais água e reservar mais tempo para fazer exercícios físicos. Você aprende que a fadiga diminui o espírito e pode criar dúvida e medo.
Então você reserva mais tempo para descansar.
E, assim como a comida alimenta o corpo, o riso alimenta a alma.
Então, você reserva mais tempo ainda para rir e brincar.
Você aprende que na maioria das vezes você consegue exatamente aquilo que você acredita que merece… e que muito da vida é verdadeiramente uma profecia de auto-realização.
Você aprende que é válido trabalhar por todas as coisas que valem a pena serem alcançadas e que desejar que algo aconteça é diferente de trabalhar para que aconteça.
Mais importante, você aprende que para alcançar o sucesso você precisa direção, disciplina e perseverança.
Você aprende também que ninguém pode fazer tudo sozinho e que é bom correr o risco de pedir ajuda.
Você aprende que a única coisa que você deve realmente temer é o grande ladrão de todos os tempos… o próprio medo. Você aprende a encara-lo porque sabe – qualquer coisa que aconteça você está apto para encarar e lidar e que se entregar ao medo é desistir do direito de viver a vida à sua maneira.
E você aprende a lutar pela sua vida e não desperdiçá-la vivendo embaixo de uma nuvem de ruína eminente.
Você aprende que a vida não é sempre justa, você nem sempre consegue o que você acha que merece e que às vezes coisas ruins acontecem com pessoas boas. Nessas ocasiões você aprende a não personalizar as coisas. Você aprende que Deus não está te punindo ou falhando em responder às suas preces. É apenas a vida acontecendo. E você aprende a lidar com o mal em seu mais primitivo estado – o ego. Você aprende que sentimentos negativos como raiva, inveja e ressentimentos devem ser entendidos e redirecionados ou eles sufocarão a vida e envenerarão o universo que o cerca.
Você aprende a admitir quando está errado e construir pontes ao invés de barreiras.
Você aprende a agradecer e consolar-se com muitas coisas simples que já temos garantidamente e com as quais muitas das pessoas só podem sonhar: uma geladeira cheia, água corrente, uma cama macia, um longo banho quente. Vagarosamente, você começa a ser responsável por você mesmo e promete nunca mais se trair e nunca aceitar menos do que seu coração deseja. Você decide continuar sorrindo, continuar confiando e estar aberto a todas as possibilidades maravilhosas de sua vida.
Finalmente com muita coragem em seu coração e com Deus ao seu lado, você se levanta, respira profundamente e começa a desenhar a vida que você quer viver e da melhor maneira possível.