Todos nós espíritas sabemos que vivemos num mundo de provas e expiações onde ele está passando por um processo evolutivo para o mundo de regeneração.
A maioria das pessoas passam por muitos problemas de ordem material, emocional e espiritual, e quando as dores “batem na sua porta”, o desespero toma conta. Todos pensamos que o “nosso problema” é sempre o mais importante, aquele que merece prioridade, e quando vão surgindo mais e mais obstáculos, vamos piorando a nossa frequência vibratória e nos afastando de Deus.
Para se ter paz neste processo de provas e expiações, precisamos sempre lembrar que Jesus pregou que “ O meu Reino não é deste Mundo”.
Tudo que sabemos sobre Paz Espiritual é que este mundo não pode nos oferecer. Se pensamos que vamos resolver os nossos problemas vendendo bens, arrumando trabalho, tudo que estamos fazendo é continuar projetando-nos a cada dia mais nas dores e sofrimentos, pois se chegamos a um ponto de dor e conflito, é porque a Natureza nos sinaliza: você precisa mudar suas atitudes e suas intenções.
Aí podemos querer resolver mentalmente as nossas questões. Racionalmente, usando o poder da mente, como na matemática. Mas a vida não nos obedece. Ela não flui desta forma também. A mente humana nos conecta com nossa persona e precisamos educa-la a ser projetada para onde há bênçãos em abundância, que é o Mundo Espiritual.
Não podemos duvidar que há uma parte Divina em nós e que esta parte conhece Deus face a face. Este lado Divino sabe de onde viemos e para onde precisamos ir, mas é difícil conseguir este discernimento vivendo conflitos. Isso é FÉ e ela costuma ser a primeira que mandamos embora para optar pelo sofrimento e dores.
No Plano da Fé, no Plano Divino, nos elevamos acima de todos os conflitos e dores e passamos a viver com a certeza de que somos abençoados. Tudo que está acontecendo na nossa vida tem um propósito maior de evolução.
Quando Jesus pregou “o meu Reino não é deste mundo” não estava falando de imóveis, dívidas, empregos, bens materiais e sim que jamais conseguiremos encontrar solução para qualquer problema no nível do problema.
Vó Luíza diz que muitas vezes precisamos alçar o voo da Águia para enxergarmos de cima a causa do nosso sofrimento.
Nada é para sempre neste mundo. Tudo passa. Há uma sabedoria na Índia que diz: está tudo ruim? Vai passar. Está tudo bem? Vai passar também. A sabedoria é aprender quando tudo está ruim e fazer as reservas de segurança quando tudo vai bem.
Charles Chaplim dizia: Eu gosto de andar na chuva, pois assim ninguém vê minhas lágrimas.
Gosto desta frase, pois a chuva representa as bênçãos que caem dos céus e precisamos estar abertos para isso. As lágrimas são as nossas dores, que são somente nossas embora possamos compartilhar com os outros, cabe a nós o aprendizado.
Alcemos o vôo da Águia e busquemos a causa que existe em nós. Não adianta remediar com analgésicos. Muitas vezes necessitamos de grandes intervenções cirúrgicas para extirpar de nós os nossos pontos obscuros. Eles são a causa das dores. Não estão fora de nós, muito pelo contrário, bem lá dentro e escondidinho para não ser identificado.
Compreendamos que o Reino de Deus é abundante em bênçãos e que nos conectar com isso nos eleva acima do problema e propicia a nossa cura, seja ela física, emocional ou espiritual.
Não podemos estar na vida à passeio. Precisa haver um propósito. Precisa haver mudanças e mais que isso um bom espírita não pode ir embora desta encarnação derrotado por si mesmo. Paralisado no processo. Passando por sofrimentos e dores que se repetem e jamais tomam ATITUDE para mudar a causa.
Precisamos nos responsabilizar pela nossa existência.
Axé!
Obaraiyê.