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O que desune o homem de Deus

O que desune o homem de Deus, desune também do seu semelhante”.

(Edmund Burke)

 

Deus é um ponto focal para enxergarmos o outro.

Quando conectados com esta Fonte e somente conectados com ela, conseguimos enxergar o outro.

Deus é a mistura de nossa consciência que tudo vê e tudo ouve em nossas vidas e de nossos espelhos que são a relação com o outro.

Deus existe na medida em que nó existimos. Se há EU e há TU então a noção de Deus aparece. Isso é uma Lei. Se nós nos desunirmos de Deus, nos desunimos de Tu.

Amar o Criador não é diferente e não pode ser diferente de amar as criaturas.

Aí passamos a entender o por quê das pessoas não conseguirem conviver amorosamente com o outro.

Podemos observar que ao nosso redor muitas pessoas possuem esta deficiência: não conseguem conviver. Viver COM.

Normalmente são desagregadoras nos grupos, agem sorrateiramente na penumbras das fofocas, das “indacas”, dos julgamentos venenosos e depois não suportam mais a convivência. Conviver com o outro parece impossível, pois perdeu-se totalmente a noção do TU. Tudo que olha no espelho é horrível e sofre comendo o pão da vergonha, mas não dão o braço a torcer. Não se permitem a chance de modificar. Sempre culpando o outro, a vida, a Casa, o trabalho, enfim, seguem arrastando miséria por onde passam. Até a amizade com estas pessoas fica difícil demais, pois não se permitem modificar, mas querem modificar o outro pelos seus julgamentos e rótulos errados.

A isso chamamos FALTA DE DEUS. Não adianta orar, viver de joelhos, abaixar Preto Velho ou Guias, fazer milhões de trabalhos, se a Centelha de Luz está encoberta nas suas crenças e verdades pessoais e esta conexão está comprometida.

Normalmente não aguentam a própria pressão e saem do grupo. Fica insuportável a rotina.

Mas para aqueles que seguem, precisam se unir cada vez mais a Deus. Quem acende Deus através da Luz do seu Orixá, enxerga o outro com outros olhos e o amor passa a banhar as relações e aí todos passam a serem felizes.

Não podemos perder jamais o nosso sentido de humanidade. Olhar nos olhos e nos sentirmos iguais independente de cargo, título, rótulo, ancianidade, enfim, Deus nos quer humanos e da melhor forma que possamos atingir.

A busca é coletiva, mas a chegada individual.

Vamos conviver no Grupo e encontrar o Deus que habita o outro. Respeitar este Deus. Respeitar as diferenças.

Mas também vamos permitir que aquele que não consegue se conectar consigo mesmo e encontrar Deus em você, possa partir e ser feliz.

Pratiquemos NAMASTÊ.

 

Obaraiyê