Vó Luíza diz:
“ Espiritualidade é tudo que promove transformação.
A Religião é o caminho para a transformação.
Por isso nem todos que possuem uma Religião verdadeiramente conseguem se transformar, ficam sempre no caminho. Percorrendo o caminho sem o objetivo maior.
A melhor religião é aquela que faz de você uma pessoa melhor, é aquela que coloca você dentro do seu processo de transformação pessoal.
Não podemos ter um objeto que não funciona, com rituais bonitos mas sem objetivos.
Prestem atenção, o que vocês tem? Apenas a Religião ou Espiritualidade também?
As pessoas tem usado o nome de Jesus sem nenhuma reverência e respeito devido. Não podemos estar numa religião buscando bens materiais, senão ela se tornaria um caminho sem propósito de transformação do ser.
Pergunte-se: o que estou fazendo nesta Casa? Qual o meu papel diante da Espiritualidade? Estou aki apenas pelo fenômeno mediúnico, trabalhar com Guias, Velhos, Caboclos… vestir roupas bonitas, contas bonitas… e saio daqui carregando o que? O quanto de Luz eu compartilhei e absorvi para minha transformação?
Prestem atenção, pratiquem o silêncio interior para encontrar suas respostas.”
Quando ouvimos estas palavras vindas de uma Preta Velha precisamos avaliar em que ponto estamos no caminho e se realmente estamos no caminho.
Se a Religião é o caminho, precisamos percorrê-lo sim, porém, buscar sempre o objetivo maior que é a nossa Transformação Moral e Espiritual.
Carregamos muitas atitudes inadequadas e escolhas também, muitos instintos automáticos e na ignorância vamos nos rotulando: eu sou assim mesmo. Pau que nasce torto morre torto. Ou o “meu Orixá” traz esta ou aquela característica negativa. Isso é pura ignorância.
Humanizaram as histórias dos Orixás para que possamos compreender melhor em nós os desafios a serem trabalhados e vencidos. Não somos condenados a nada. Nascemos livres para buscar sempre o melhor, os nossos ajustes e acertos.
Só há um caminho para remover a ignorância: O Conhecimento. Quem não busca o Conhecimento de Si e do seu Caminho, está literalmente perdido no processo.
Então, escolhemos apenas o “Caminho/Religião”? Não queremos nos comprometer com a nossa Espiritualidade?
Pensemos e avaliemos esta questão.
Axé.
Obaraiyê